A Hilda Hilst

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P. Alegre, 14 de junho de 70.

Hildinha querida, recebi seu bilhete magoado com as fotografias (lindas: meu
eu-Narciso teve orgasmo). Escrevi há pouco tempo uma longa carta, comentando o
Fluxo-Floema, creio que não recebeste — caso isso tenha acontecido, repito que
gostei muito. A estória do desastre com o Dante me preocupou bastante — não
entendo por que ele não pediu a alguém que passasse um telegrama para cá,
avisando, eu teria ido de ônibus até Caxias. Deve ter sido tristíssimo ficar
simplesmente sozinho numa cidade estranha e, o que é pior, num hospital. Mas o
importante é que ele já se recuperou bem. Diga a ele que os meus pais gostaram
muito dele, até mesmo o meu pai, que é a própria ostra de tão fechado, chegou a
dizer que era o primeiro amigo meu que ele gostava. Minha tia e minha mãe
acharam ele o homem mais bonito que elas já viram; e meu irmãozinho gostou
porque “ele parece o Bufalo Bill”. Elogios aos potes.
Ana Lúcia está aqui, com Medéia. Conversei rapidamente com ela depois do
espetáculo, depois não tive mais tempo de aparecer: ela não está muito bem, meio
de fossa, falando em largar o teatro. Não gostei do espetáculo — foi todo feito em
função de Cleide Yáconis, que é muito boa, embora não excepcional. O coro é
fraquíssimo, os atores homens idem. Soube pela Ana da morte de dona Bedecilda:
outro golpe para você.
Não tenho escrito com mais freqüência porque não tenho tempo: passo a
manhã inteira na faculdade, a noite no curso de arte dramática, à tarde preciso
estudar (estamos em exames), escrever, filmar, fazer montes e montes de coisas.
Ando muito esgotado, durmo só umas cinco horas por noite (logo eu, que se
pudesse dormia umas 20), andei também ruim do coração, meu ritmo cardíaco
estava a mais de 200 pulsações por minuto, precisei fazer um tratamento, não
posso fazer esforço, nem tomar álcool, estou proibido de fumar mas não ligo.
Algumas brigas terríveis em casa: andei fazendo umas experiências com mescalina,
meus pais descobriram, foi aquele forró. Ando deprimido, agressivo, cansado —
perdi uns cinco quilos: pareço um fantasma, tenho insônia e pesadelos horrendos,
idéias negras durante a noite. Hildinha, se você soubesse como ando escuro, como
ando perdido, como me distanciei de mim e das coisas em que acreditava: tenho
participado de festas louquíssimas, na base da maconha, da nudez, jogo da verdade,
bacanais, surubas. Por favor, queria tanto que me compreendesses. Ando muito
sozinho, nessas festas se reúnem artistas plásticos, atores, atrizes, escritores —
todos jovens, perdidos, desesperados — é uma coisa terrível. Chega a ser
comovente a maneira errada como eles buscam a pureza, como eles tentam se
convencer que os bacanais são a forma mais absoluta de comunicação: finjo o
tempo todo, rio, sou alegre, dispersivo, com aquele brilho superficial e ridículo. E
em cada fim de noite me sinto um lixo. Há tempos estou vivendo uma estória-deamor-
impossível que rebenta a saúde: sei que não dá pé de jeito nenhum e não
consigo me libertar, esquecer — estou completamente fixado nessa pessoa, vivo
todas as horas do dia em função de encontrá-la, à noite. E insuportável. Sei que
estou me autodestruindo, mas isso já não me assusta: penso se não será melhor
afundar, afundar até acabar numa clínica. A juventude de Porto Alegre é uma coisa
terrível: 90% de viciados em tóxicos, todos fugindo de si, das máquinas, do fazeralguma-
coisa. Acho que quem está de fora não pode condenar, condenar
simplesmente é desprezível — é preciso compreender. Existe uma sede de amor
impressionante. Estou sendo muito honesto ao te contar essas coisas, poderia
facilmente escondê-las: sei que me arrisco a te chocar, te ferir, te agredir. Mas eu
nunca quis ser gostado por aquilo que não sou ou aparento ser. Não vejo saída,
Hildinha, sinto que cada vez mais tudo se fecha. Também não adianta pedir ajuda a
ninguém, ninguém pode dar. Talvez isso passe, não sei quando, talvez seja só uma
fase, das mais dificeis que atravessei, mas até passar estarei me desgastando, me
consumindo. Tenho chegado a extremos que não me julgava capaz. E como isso
dói.
A antologia de contos foi lançada (estou mandando um exemplar) com
muita badalação. Está vendendo bem. Vivi a experiência de uma tarde de
autógrafos: me senti tolhido, constrangido, inibido. A imprensa anda me badalando
muito. Mas descobri finalmente como tudo isso quer dizer pouco: o bom no
escrever é o momento da criação, da vibração, da comunicação com o
incognoscível que nos dita as coisas a serem escritas — o resto é lixo. A inveja é
um fato: certas pessoas têm me agredido muito, na faculdade, na rua, geralmente
intelectuais no mau sentido, frustrados e medíocres. Tenho horror desses
rebucetes, rodinhas e frescuras literárias: procuro ficar na minha, sempre. Digo a
todos os repórteres que não me sinto um escritor: que sou só um ser humano
procurando um jeito de viver. E que talvez esse jeito seja escrever, sei lá. Meu livro
está quase pronto, deverá ser lançado em breve. Queria tanto que alguém me
amasse por alguma coisa que eu escrevi.
Não sei mais o que te escrever, estou muito confuso, muito distraído.
Pressinto muito próximo o fim de alguma coisa que não sei especificar qual seja.
Mas não se preocupe muito comigo, não vale a pena. Acho que sou bastante forte
para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente
fraco para entrar. Não faço planos, não sei o que vai acontecer amanhã. É só,
Hildinha. Um beijo enorme do seu,
Caio Fernando A breu.

PS — Depois de reler — não é tão grave assim. Fui muito dramático. Faça
boas vibrações por mim. Por favor, compreenda tudo. E escreva logo.
Abraços no Dante.


Porto Alegre, 29 de dezembro de 70.

Hildinha querida, estou chegando agora mesmo de uma semana na praia —
chegando e encontrando o melhor presente de Natal ou Ano Novo que poderia
receber. Fiquei demais comovido com o livro, com a dedicatória, com o Lázaro
para mim, com o meu nome no prefácio. Orgulhosíssimo. Que bom, Hildinha, que
recompensador pensar que todas aquelas nossas tardes batendo máquina, aqueles
papos infindáveis à noite, as dúvidas, a pesquisa — pensar que tudo isso de repente
ganhou forma concreta e comunicável aos outros. Você não imagina como tudo
isso é importante para mim. Poucas horas atrás, no ônibus com um amigo, pensava
em você, em Dante, na fazenda, pensava em toda aquela força mental que a gente
desprendeu e me perguntava ao mesmo tempo “pra quê?”. A resposta é o Fluxo-
Floema, é você dizer que não me esqueceu. Eu sei lá, estou demais feliz com esse
negócio. Está tudo tão limpo, tão solar.
70 também não foi muito bom para mim, pelo menos no sentido humano ou
afetivo. Em termos de trabalho foi altamente recompensador, mas você sabe como
eu sou carente e inseguro, talvez mesmo ávido. A semana passada decidi ir para a
praia com mais cinco amigos. Ficamos lá 8 dias. Então eu acho que consegui me
reencontrar quase que inteiramente. E lembrei muito de você. Não consegui
compreender o teu silêncio, que me doía barbaramente. Pensei muito. Sabe,
consegui uma visão bastante clara de todas as minhas falhas e precariedades. Isso
me abriu em amor. De certa forma fui ingrato e injusto com você e Dante. Falei
sobre tudo isso com meu amigo, no ônibus, então foi extraordinário chegar em
casa e encontrar o teu livro. Tudo aquilo que eu havia pensado e concluído
abstratamente foi arrematado e definido pela chegada do Fluxo-Floema. É demais
mágico, Hildinha. Vou reler todo, palavra por palavra, e sei de antemão que vai ser
ainda melhor que das outras vezes. Antes de ser a grande escritora que você é, há o
imenso ser humano carregado de amor e bondade que você é, de maneira ainda
mais completa — isso é o que vou encontrar outra vez nas suas novelas. E na hora
justa em que preciso. Como nunca. Tenho certeza que através desse livro outras
pessoas vão aprender contigo tudo o que eu aprendi, e que é imenso. Muito bom,
Hildinha, muito bom MESMO. Vais ver como agora as coisas vão mudar — eu
sinto e sei.
Estou por ir ao Rio para lançar o meu Limite branco, que já está praticamente
pronto. Espero apenas o telegrama da editora me chamando para a tarde de
autógrafos. Vou com alguns amigos, todos dispostos a ficar por lá, trabalhando em
artesanato, teatro, cinema, vivendo numa comuna. Pensei em passar antes por São
Paulo, para ver você e Dante. Isso seria daqui a uma ou duas semanas, não sei se
vocês estarão na fazenda, mas acho que isso não é problema, pois com o telefone
fica tudo fácil. Telefonarei antes, marcando bem. Você não imagina o quanto eu
queria passar uns três dias aí com vocês, a saudade que sinto é uma coisa quase
absurda. Talvez também você pudesse me avisar quando será a tarde de autógrafos
em SP, eu gostaria demais de estar lá: se você me avisasse com alguma antecedência
eu poderia dar um jeito de estar presente.
Vou dar o outro livro que você me mandou ao Carlos Jorge Appel, que é o
crítico mais quente daqui. Vou também escrever um artigo sobre, não sei se sairá
porque o meu nome está demais queimado nas “esferas políticas da imprensa
gaúcha”. Depois de algumas entrevistas e uma crítica sobre o filme If... os diretores
do jornal foram pressionados a cortarem as colaborações e a coluna de crítica
cinematográfica. Milhares de coisas aconteceram, e o que ficou de imagem minha
foi a de um escritor “underground”, profunda e naturalmente maldito, o que é
verdadeiro até certo ponto e não completamente agradável. Agora com a saída do
romance talvez as coisas mudem.
Outra coisa: seria muito bom que mandasses o livro aos críticos do
suplemento da imprensa oficial de Minas Gerais. E o único suplemento decente do
Brasil, com um nível muito alto e uma linha bem definida. Podes crer que não é
desperdício mandar a eles. Os nomes são: Murilo Rubião, Carlos Roberto
Pellegrino, Humberto Verneck e Luiz Gonzaga Vieira; o endereço: Suplemento
Literário de Minas Gerais, Av. Augusto de Lima, 270, B. Horizonte, Minas Gerais.
Aproveita e pede também para te enviarem o suplemento, é demais interessante, o
único movimento literário “por dentro”, no Brasil, é esse de Minas.
Minha mãe te manda muitos abraços e deseja felicidades mis ao livro. Ela
está muito bem, terminou seu curso de pós-graduação em Orientação Educacional,
está de orientadora no melhor colégio do estado e com uma proposta para montar
um gabinete particular de Orientação. Já disse a ela que nesse passo acaba candidata
a deputada e capa da Manchete. Meu pai também está ótimo, de carro novo e tal. Os
irmãozelhos idem, Márcia entrou para o ginásio com notas altíssimas em Português
— vê só, parece que está pintando mais um escritor(a) na família.
Comigo, as coisas clareando aos poucos. Inúmeras experiências novas. As
mais insólitas. Uma reviravolta completa no terreno sexual. Te contarei
pessoalmente, sentado na sala branca, à luz de lampiões.
Antes que eu esqueça: Maciel andou por aqui durante dois meses (voltou
para a Europa a semana passada), maravilhoso, ganhando prêmios na Bienal de
Veneza. Falamos muito em vocês. Ele gosta demais de ti e sempre diz que aqueles
dias passados na fazenda foram das melhores coisas da vida dele. Voltou agora para
morar na Europa indefinidamente: é uma boa ponte para mim. Pretendo ir logo
que tenha condições.
Queria que desses um grande abraço em Dante. Desejo a vocês um 71
divino, cheio de criatividade e amor. Um grande-grande-grande beijo do teu
Caio

PS — Na noite de Natal na praia, fizemos uma vibração em azul, em
conjunto, pensando nas pessoas que amávamos. Você recebeu?


PA, 29.12.70.

Hildinha, a carta para você já estava escrita, mas aconteceu agora de noite
um negócio tão genial que vou escrever mais um pouco. Depois que escrevi para
você fui ler o jornal de hoje: havia uma notícia dizendo que Clarice Lispector estaria
autografando seus livros numa televisão, à noite. Jantei e saí ventando. Cheguei lá
timidíssimo, lógico. Vi uma mulher linda e estranhíssima num canto, toda de preto,
com um clima de tristeza e santidade ao mesmo tempo, absolutamente incrível. Era
ela. Me aproximei, dei os livros para ela autografar e entreguei o meu Inventário. Ia
saindo quando um dos escritores vagamente bichona que paparicava em torno dela
inventou de me conhecer e apresentar. Ela sorriu novamente e eu fiquei por ali
olhando. De repente fiquei supernervoso e saí para o corredor. Ia indo embora
quando (veja que GLÓRIA) ela saiu na porta e me chamou: — “Fica comigo.”
Fiquei. Conversamos um pouco. De repente ela me olhou e disse que me achava
muito bonito, parecido com Cristo. Tive 33 orgasmos consecutivos. Depois
falamos sobre Nélida (que está nos states) e você. Falei que havia recebido teu livro
hoje, e ela disse que tinha muita vontade de ler, porque a Nélida havia falado
entusiasticamente sobre o Lázaro. Aí, como eu tinha aquele outro exemplar que
você me mandou na bolsa, resolvi dar a ela. Disse que vai ler com carinho. Por fim
me deu o endereço e telefone dela no Rio, pedindo que eu a procurasse agora
quando for. Saí de lá meio bobo com tudo, ainda estou numa espécie de transe,
acho que nem vou conseguir dormir. Ela é demais estranha. Sua mão direita está
toda queimada, ficaram apenas dois pedaços do médio e do indicador, os outros
não têm unhas. Uma coisa dolorosa. Tem manchas de queimadura por todo o
corpo, menos no rosto, onde fez plástica. Perdeu todo o cabelo no incêndio: usa
uma peruca de um loiro escuro. Ela é exatamente como os seus livros: transmite
uma sensação estranha, de uma sabedoria e uma amargura impressionantes. É lenta
e quase não fala. Tem olhos hipnóticos quase diabólicos. E a gente sente que ela
não espera mais nada de nada nem de ninguém que está absolutamente sozinha e
numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. Muita gente deve achá-la
antipaticíssima mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível
sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável mas
porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao
seu redor. Talvez eu esteja fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima, nunca
ninguém tinha me perturbado tanto. Acho que mesmo que ela não fosse Clarice
Lispector eu sentiria a mesma coisa. Por incrível que pareça, voltei de lá com febre
e taquicardia. Vê que estranho. Sinto que as coisas vão mudar radicalmente para
mim — teu livro e Clarice Lispector num mesmo dia são, fora de dúvida, um
presságio.
Fico por aqui, já é muito tarde. Um grande beijo do teu
Caio.


Rio, 8 de março de 1971.

Hildinha querida, há umas duas semanas te mandei uma carta, não sei se
recebeste ou se ainda não voltaste da praia. Estou escrevendo novamente para te
pedir um favor. E o seguinte: eu, com mais alguns amigos, estamos formando um
grupo de teatro amador para concorrer ao Festival de Ouro Preto, em julho.
Fizemos ontem uma reunião lá em casa para decidir negócio de texto e tal, e não
chegamos a uma conclusão. Eles queriam fazer um negócio sobre a criação
coletiva, expressão corporal, nudez, agressão, estímulo musical. Achei que tudo isso
está meio desgastado, e falei sobre o teu trabalho. Ficaram demais interessados.
Então pensei em pedir a você que enviasse, o quanto antes, uma cópia de A morte
do patriarca e outra d’O verdugo. Acho que são as duas mais sensacionais —
principalmente O verdugo (eu faria o papel do revolucionário, sem capuz, estou com
os cabelos nas costas e uma puta cara de Cristo). Sei que é chato para ti esse
negócio de grupo amador, mas a turma é a melhor que você possa imaginar,
seriíssimos, muito interessados, inteligentes — creio que sairá, no mínimo, um
negócio muito sério. Também vou ver se consigo o Stepan Nercessian (aquele
menino que fez Marcelo Zona Sul) para fazer o filho, ele é um grande ator e muito
nosso amigo — o problema é que tem inumeros compromissos para filmar. Com
aqueles homens do povo, no segundo ato, faríamos uma espécie de coro de
tragédia grega, creio que fica bacana. Talvez eu mesmo dirija, aproveitando o que
aprendi no curso de Arte Dramática, ou então faremos direção seletiva. Estamos
muito animados, depende de você dar o sim.
Estou muito bem, embora tenha trabalhado demais aqui para a Bloch.
Foram-se meus áureos tempos de odalisca-teresinha. A boneca anda exausta,
dormindo de 4 a 5 horas por dia. Perdi uns 8 quilos em menos de dois meses, isso
me preocupa um poucos mas acho que não é nada, só a mudança de ritmo de vida.
Há tanta a ser feita e ser escrita e vivida que acho besta perder tempo. A casa onde
moro é sensacional, tranqüilíssima numa ruazinha em Botafogo, com mais três
moças e um rapaz gaúchos boníssimos. A gente se dá muito bem, somos
confidentes um do outro, dividimos dinheiro, comida e vivências. Acho que
definitivamente esse modo de viver em comuna é o melhor possível. De vez em
quando me sinto um pouco sozinho, porque as minhas estorelhas amorosas
continuam não dando certo nunca, mas logo passa. Tenho paciência e confio que
Jesuzinho um dia e de repente me mande uma pessoa divina-maravilhosa. Ou não:
mas de qualquer forma tenho a minha tarefa.
Falar em tarefa, estou demais satisfeito com o que ando escrevendo. Acho
que finalmente achei a minha forma. Estou escrevendo coisas estranhíssimas:
consegui fundir toda aquela subjetividade com elementos mágicos políticos e até
ficção-científica. A linguagem é a mais simples depurei muito e consegui uma coisa demais singela, isto é, um contraste: a forma simples e o fundo muito louco, cheio
de conotações e metáforas. Não sei se isso é auto-elogio, mas acho que sou o único
cara no Brasil que está fazendo literatura pop MESMO. Estou mandando três
desses contos para o Paraná, certamente não vai acontecer nada, ninguém vai
entender, mas não tem importância. Sei que no mínimo vou fundir a cuca dos
caretas todos.
Another thing: Estou pensando em dar uma chegada até aí na Semana Santa.
Acho que seria bom levar o pessoal do grupo teatral para baterem um papo com
você, compreenderem melhor as tuas intenções (quero ser o máximo possível fiel
ao texto e às tuas proposições). Pode ser? Se houver qualquer galho você diga.
Ficaríamos três dias no máximo. Mas de qualquer maneira eu irei: estou precisando
demais de um descanso. Sem contar essa saudade louca de quase dois anos.
Tenho divulgado o Fluxo-Floema por aqui, alguns compraram e vibraram.
Ainda não fiz aquela crítica que prometi porque deixei o meu em Porto Alegre e
estou sem $ para comprar outro. Mas já mandei pedir e logo escreverei. Espero que
tudo esteja ótimo para você, para Dante também. Transmita um grande abraço
meu a ele. Milhões de beijos do teu irremediável,
Caio Fernando A breu

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