A Maria Adelaide Amaral

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Porto Alegre, 26 de agosto de 1983

Levinha, querida,
depois de 10 anos de proibição pela censura, saiu, vai aí o programa. Sou
suspeitos claro, mas acho lindo. Tem tido casa cheia toda noite, crítica boa,
aplausos em pé, aquelas coisas. Ando comovido e feliz. Vim para a estréia, aí
recebi tanto carinho que fui ficando até hoje. Só volto pro Rio dia 5.
Aproveito e mando, no fim da carta, o endereço de lá. Tá tudo indo bem.
Minha cabeça melhorou demais com a saída de Sampa. Estou no momento
mergulhado na revisão das últimas provas do livro novo, o Triângulo das águas, três
novelas que chamo de “noturnos”, a sair em outubro pela Nova Fronteira. Tem
várias homenagens, uma delas a você... Reticências de suspense!
Escrevo meio na corrida, pra aproveitar um embalinho de saudade forte.
Outra noite, em Gramado, falei horas sobre você. Me dê notícias, pro Rio ou
pra cá (o fone daqui é 0512-33-4197). Dá um beijo em Murilo e um abraço nos
guris. Diga, por favor, a Bel que penso nela com freqüência e mando nice vibs. Que
você esteja feliz, em paz, produzindo.
Todo o carinho do seu velho
Caio F.
(o primo intelectualizado de Christiane)

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